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Teatro Jordão recebe debate sobre a ferrovia e a alta velocidade no Minho

Sofia Rodrigues
Sociedade \ terça-feira, setembro 16, 2025
© Direitos reservados
Teatro Jordão recebe esta quinta-feira um debate sobre o futuro da ferrovia no Minho, marcado pela chegada da alta velocidade e pela necessidade de uma rede integrada na região.

O futuro da ferrovia no Minho vai estar em discussão esta quinta-feira, 18 de setembro, no Teatro Jordão. A sessão, de entrada livre e com início às 17h30, propõe-se debater os desafios e oportunidades que a chegada da alta velocidade pode trazer à região.

O encontro, intitulado "A Ferrovia no Minho: articular linhas, construir rede, servir o território", contará com intervenções do engenheiro Frederico Francisco, do arquiteto Paulo Silvestre e do professor André Fontes, da Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD) da Universidade do Minho. A moderação ficará a cargo do jornalista Diogo Ferreira Nunes, autor do podcast "Sobre Carris". 

A organização pertence aos professores André Fontes, Ivo Oliveira e Maria Manuel Oliveira, da EAAD e do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), em colaboração com o advogado Luís Tarroso Gomes. Para os promotores, o tema é "estratégico para o futuro do território", num contexto em que os municípios procuram definir os seus sistemas de transportes e articular uma rede ferroviária entre os principais centros urbanos. Desta forma, o debate pretende lançar pistas sobre as características que o novo sistema deve assumir, os critérios que garantam a sua viabilidade e o calendário necessário para uma integração efetiva.

De acordo com o comunicado enviado pela Universidade do Minho, a região minhota, com mais de um milhão de habitantes e responsável por exportações superiores a 10 mil milhões de euros anuais, tem vivido entre avanços e retrocessos no setor ferroviário. No final do século passado foram encerradas linhas como Famalicão-Póvoa de Varzim, Guimarães-Fafe e Valença-Monção. Já no século XXI, foram eletrificados os troços Ermesinde-Braga, Lousado-Guimarães e Nine-Valença.

Apesar disso, persiste uma rede fragmentada, assente em ramais que não permitem ligações diretas entre cidades vizinhas. Viajar de Braga para Guimarães, por exemplo, continua a implicar uma mudança de comboio. Uma situação que, sublinham os organizadores, "faz perder tempo e recursos, penalizando a sociedade e enfraquecendo as ligações a nível regional, nacional e internacional".

Pela ótica da organização, a chegada da alta velocidade a Braga e a Valença é, por isso, vista como uma "oportunidade histórica" para repensar o modelo ferroviário no Minho, reforçando a coesão territorial e consolidando a ferrovia como motor de desenvolvimento económico e social.

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