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UM celebra 48 anos em Guimarães: uma residência como presente por mensagem

Bruno José Ferreira
Educação \ quinta-feira, fevereiro 17, 2022
© Direitos reservados
Guimarães acolheu, pela primeira vez, o aniversário da UMinho. Reitor pediu que a máquina administrativa do país não frustrasse a criação da Residência de Santa Luzia. Boa nova chegou por Domingos.

O edifício da antiga Escola de Santa Luzia já pertence à Câmara Municipal de Guimarães, havendo agora maior margem para que o município possa trabalhar com a Universidade do Minho a criação da desejada e já anunciada Residência Universitária de Santa Luzia.

Este projeto, que se tem vindo a arrastar ao longo do tempo, foi anunciado pelo reitor da Universidade do Minho como “um dos temas quentes da atualidade” para a academia minhota. No seu discurso o reitor demonstrou preocupação com o esgotar do prazo para que o edifício passasse para alçada do município.

“Não conseguimos ainda garantir a transferência de propriedade da antiga Escola de Santa Luzia para o município, que depois será transferida para a universidade. Os responsáveis máximos políticos do país conhecem esta situação, deram o seu apoio, mas a menos de quinze dias do prazo para a decisão do direito de interesse ainda não conseguimos. Pode ter efeitos terríveis a oportunidade que o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] criou e que pode sair frustrada pela falha da máquina administrativa do país”, referiu Rui Vieira de Castro.

A situação foi desbloqueada enquanto Rui Vieira de Castro discursava, sendo anunciada por Domingos Bragança. Uma mensagem e João Leão, ministro das finanças, garantiu que o despacho necessário está concretizado.

“O reitor tem trabalhado arduamente neste objetivo, juntamente com a Câmara Municipal de Guimarães e diretamente comigo. Recebi enquanto estava qui a decorrer esta sessão, enquanto o reitor discursava, uma mensagem do ministro das finanças a dizer que o despacho já está feito”, anunciou Domingos Bragança.

Guimarães “genuinamente” cidade universitária

Para além da boa nova do avanço na questão da ansiada residência universitária, a celebração do aniversário da Universidade do Minho deste ano foi simbólica por outro motivo. A muralha foi, em sentido figurado, ultrapassada e o 48.º aniversário da Universidade do assinalou-se pela primeira vez em Guimarães numa cerimónia que teve como palco o renovado Teatro Jordão.

Com o mote “o recomeço está à nossa espera”, fez-se viagem pelo passado, presente e futuro da Universidade do Minho naquela que é a casa onde vai funcionar o curso de Teatro da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas e o de Artes Visuais da Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, bem como a Escola de Música do Conservatório de Guimarães.

“Guimarães assume-se como cidade universitária e faz genuinamente por sê-lo”, referiu o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, no seu discurso, no qual agradeceu ao município o investimento que está a ser feito nesta que é uma academia de referência no país.“Hoje celebramos o 48.º aniversário da Universidade do Minho. Fazemo-lo num lugar diferente do habitual: a razão torna-se evidente quando olhamos à nossa volta e vemos este magnífico espaço que é o Teatro Jordão e a Garagem Avenida. Reconhecemos quem coloca estes edifícios em favor da universidade” frisou.

Instituto Cidade de Guimarães “brevemente”

Com 2066 estudantes, Rui Vieira de Castro salientou o crescimento da UMinho, reforçando que pela primeira vez foi ultrapassada a barreira dos 20 mil estudantes, distribuídos pelos vários polos.

A perspetiva de crescimento faz-se pensando em Guimarães, que “se assume como cidade universitária e faz genuinamente por sê-lo” assumindo como seus os projetos da Universidade do Minho, explicou o reitor.

Nessa toada, Rui Vieira de Castro enfatizou que se será feita a “inauguração brevemente do Instituto Cidade de Guimarães, que vai receber o I3B’s, no Avepark. Ainda assim, o reitor alerta para oi facto de este crescimento não estar a ter investimento proporcional. “O crescimento na Universidade do Minho, quer a nível de estudantes quer a nível da sua atividade, não tem tido correspondência de financiamento”, disse.

Bragança quer que a “cooperação estratégica” se “fortaleça”

De regresso ao ativo, após ter estado em confinamento com covid-19, Domingos Bragança considerou que a convergência de ideias tem permitido que Guimarães se afirme como cidade universitária.

“A relação de cooperação institucional entre o Município de Guimarães e a Universidade do Minho é um exemplo de como convergir numa ideia de desenvolvimento integrado, tão plural quanto estratégica, tão pragmática quanto ambiciosa.  É esta convergência, convictamente cultivada pelos responsáveis destas duas instituições, que tem permitido que Guimarães se afirme, cada vez mais, como Cidade Universitária, como Cidade de Ciência, Educação e Cultura”, disse.

O líder máximo do município formulou o desejo que a cooperação estratégica se mantenha e seja fortalecida no futuro. “Faço votos para que a cooperação estratégica entre o Município de Guimarães se fortaleça, para que um promissor futuro, que todos desejamos, possa continuar a ser ansiado”, vincou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

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