Um Moreirense personalizado a que faltou um bocadinho assim…
Num recinto historicamente difícil para as cores verde e branca, o Moreirense FC entregou-se de corpo e alma ao jogo, afirmando a diversidade da sua manobra ofensiva, alicerçada na capacidade técnica e visão de Benny e Alanzinho, dois centrocampistas acima da média na Liga Portugal Betclic. Derrotada por 2-1, a equipa de Vasco Botelho da Costa contemporizou, acelerou, pressionou o Sporting de Braga assim que perdia a bola e passou largos momentos no meio-campo adversário, em busca de um caminho para responder a uma desvantagem madrugadora, no desafio que encerrou a 11.ª jornada do campeonato.
A desvantagem tem origem numa grande penalidade caricata: quando tentava dominar com o peito uma bola que o sobrevoava, Diogo Travassos, sem qualquer oposição, dominou com o braço direito em vez do peito, movimento imediatamente sancionado por João Pinheiro com a marcação de penálti. André Ferreira ainda adivinhou o lado escolhido para Zalazar, mas a sua luva direita não foi oposição suficiente para a velocidade com que a bola seguia para a baliza.
Aos 12 minutos, o Braga vencia por 1-0. O 2-0 viria muito depois, aos 71 minutos, num lance em que Gabri Martínez progrediu até à área cónega após perda de bola de Alanzinho e assistiu para o remate certeiro de Ricardo Horta, em posição frontal à baliza. A equipa arsenalista dilatou a vantagem depois de um longo período sem qualquer aproximação perigosa à baliza de André Ferreira.
A equipa de Vasco Botelho da Costa, por outro lado, ligou bem o jogo ofensivo a partir de trás, fez triangulações com rigor para se libertar da pressão bracarense e chegou em apoio à área bracarense, mas faltou-lhe ser mais resoluta a decidir assim que chegava se aproximava do último reduto adversário. Pese as hesitações no último passe e no remate, os vimaranenses aproximaram-se do empate num cabeceamento de Stjepanovic, aos 26 minutos, e num livre lateral cobrado por Alanzinho que bateu no poste, aos 61.
O Moreirense não abdicou dessa postura nos minutos finais, mais divididos com o Sporting de Braga, em termos de ocasiões de golo. Nesse último quarto de hora, foi a equipa de xadrez que marcou, num cabeceamento de Maracás ao primeiro poste, após canto de Alanzinho. O golo serviu de consolo para uma equipa abnegada e personalizada, mas não valeu qualquer ponto. Não houve exceção à regra no Estádio Municipal de Braga.