UMinho confirma realocação de funcionário que assediou estudante
A partir de uma página de denúncias de situações de assédio e de exibicionismo na Universidade do Minho (UMinho), uma estudante acusou um funcionário de a assediar em 2020, numa das residências universitárias em Braga. Ao tomar conhecimento da situação, a reitoria desencadeou “um processo de inquérito” que culminou na “mudança do trabalhador em causa para funções sem contacto direto com estudantes ou com o público”.
“Cumprido o processo de averiguações serão tomadas as medidas adequadas, à luz dos nossos regulamentos e códigos de conduta”, dá ainda conta a instituição de Ensino Superior, em comunicado emitido nesta quarta-feira. Segundo a reitoria liderada por Rui Vieira de Castro, o Código de Conduta Ética da UMinho condena “atitudes discriminatórias dentro e fora do espaço universitário”.
Além dessa denúncia, a página na rede Instagram dá conta de outros casos, quer em Braga, quer em Guimarães – há um caso de exibicionismo relatado na Quintã, por exemplo. Confrontada com tais circunstâncias, a reitoria da UMinho realçou que os “incidentes” já foram comunicados às autoridades, encontrando-se sob investigação.
Para tentar evitar futuros casos de assédio ou exibicionismo, a reitoria diz estar a promover o “reforço da segurança” e o “corte de vegetação” em Gualtar, bem como a “iluminação nas áreas exteriores do campus”.
A UMinho promete ainda “seriedade” para garantir “a segurança, a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade” e apela à “denúncia de práticas de assédio”. “Apelamos a todas as pessoas que se sintam vítimas de situações desta natureza que o reportem à Instituição. Só a partir de denúncias concretas (que serão tratadas com a máxima reserva) será possível iniciar um processo de averiguações que proteja os envolvidos e evite a repetição destes incidentes”, lê-se.