Vítor Macedo: “Fizemos as curvas necessárias para chegarmos até aqui”
Sem disfarçar a alegria pela conquista do quarto título nacional consecutivo do Vitória, três sob o seu comando, Vítor Macedo assentou as ideias perante a onda de celebração que varreu as Piscinas Municipais de Guimarães para lembrar que a equipa viveu uma época difícil. Foi preciso “muito trabalho”, “muito querer” e “muito acreditar” para fechar em beleza um campeonato em que o grupo teve de “suprir faltas muito importantes” a nível individual, nomeadamente a perda do melhor marcador de 2021/22, Rui Ramos, para o campeonato espanhol.
“Tivemos mudanças na equipa e desinvestimento a nível do plantel disponível, mas, com o trabalho e o coletivo, demos a volta e conseguimos o nosso objetivo”, disse o treinador vitoriano no rescaldo do triunfo por 20-13 sobre o Fluvial, que ditou o 3-1 na final da Divisão A1 masculina e o consequente tetracampeonato. “Como disse aos meus atletas no início da época, o caminho para o objetivo nem sempre é reto. Tem algumas curvas. Fizemos as curvas necessárias para chegarmos até aqui”, salienta.
O treinador avisa que ganhar quatro campeonatos seguidos “parece fácil, mas não é”; Vítor Macedo recordou os dissabores perante o mesmo adversário na final da Taça de Portugal de 2021/22 e na Supertaça de 2022/23 para sublinhar o quão “difícil” era, a seu ver, a conquista do campeonato. Esses percalços, também sentidos ao longo da fase regular e na meia-final com o Sporting – derrota no primeiro jogo, em Lisboa -, serviram, por outro lado, de “motivação” para “um grupo de jogadores fantásticos”, sobretudo do “ponto de vista humano”.
“O segredo é a estrutura, o clube, os jogadores, toda a gente que está no clube. Estamos juntos do início até ao fim. Sofremos juntos diariamente, até ao fim do treino, ganhamos juntos e perdemos juntos quando isso também acontece”, disse, antes de se juntar de novo à festa.