A união faz (sempre) a força
A História diz-nos quem fomos, mas a política orienta-nos para o que iremos ser. E a História ensina que a solidão humana não é compatível com sucesso de objetivos. A união sempre fez a força, seja em que circunstância for.
Na vida em sociedade, no desporto, na política, nas relações pessoais ou familiares, na economia ou nas diferentes atividades profissionais, o pressuposto da união é fundamental para concretizar e fazer acontecer.
A vida já é demasiado truculenta, por natureza: nasce-se com sangue e com sangue corta-se a união, que é o cordão umbilical. A partir dessa altura, constroem-se novas uniões, fazem-se laços, criam-se elos e o que nos define é, afinal, o que fazemos com a nossa Liberdade.
Neste périplo pela vida, todas as palavras são vãs até que as atitudes provem o contrário. Por isso, nenhum obstáculo é tão grande se a vontade de vencer for maior. É verdade que o talento vence jogos, mas só o trabalho em equipa vence campeonatos, já dizia o lendário Michael Jordan.
Nesse sentido, o ser humano precisa de adotar o ritmo da natureza. E o seu segredo é a paciência! Tudo tem o seu tempo. E também, neste particular, o tempo é o melhor aliado, mas igualmente o mais prudente e conselheiro para que vingue o espírito da solidariedade e prevaleça a matriz dos valores.
Para estar junto, não é preciso estar perto, mas sim do “lado de dentro”. E há muitas formas de estar ao lado, de apoiar, de contribuir para a construção coletiva. A crítica, com elevação, desde que construtiva, ajuda a crescer. Muito. Porque não há verdades absolutas. Porque há sempre pormenores a limar.
O casamento também não é a união de duas pessoas perfeitas, que nasceram uma para a outra, mas a união de duas pessoas que se compreendem, que se aceitam e que, apenas por que há um sentimento comum, desejam ser sempre melhores uma para a outra. Porque há (sempre) mais pontos em comum do que o seu contrário.
Devemos, pois, estar gratos pelo enriquecimento que nos trazem às nossas vidas. São aprendizagens. Não esqueçamos (nunca) que uma ponte une uma margem à outra. E uma ponte é desenhada por uns, construída por outros e usada por todos.