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Aqui... o nosso mar!

Vítor Oliveira
Opinião \ segunda-feira, julho 11, 2022
© Direitos reservados
A Póvoa é um local de pausa. No verão, estamos em Guimarães. Lá...

Dizemos, a brincar, que só nos falta o mar em Guimarães. Por estes dias de calor imenso, a montanha da Penha é a nossa praia verde. E depois temos o mar… a 30 minutos! Uma distância agora diminuída pela autoestrada, que nos remete para os lugares de memória as viagens na João Carlos Soares ou na Ferreira das Neves, que muitos fazíamos pela nacional em fins de semana de tórrido calor.

As pessoas de Guimarães, por norma, gostam da Póvoa. E de Vila do Conde. Gostamos daquela frente balnear cujo aroma do iodo nos dá as boas-vindas e nos diz que (já) chegamos à Póvoa. Ou a Vila do Conde. Na verdade, há uma relação umbilical que nos leva para a maresia daquela frente balnear em cada verão que passa. Gostamos do mar da Póvoa e das suas propriedades medicinais.

Além de ser um destino de férias para muitos, é também a segunda casa (de verão) para os vimaranenses. Os meses (mais) quentes do ano anunciam, ainda, o regresso a casa dos nossos emigrantes. E não só. Marca o início de uma nova temporada. Desportiva, também! Em tempos idos, a Póvoa (ou o Estádio do Varzim) era o local onde víamos o Vitória jogar, pela primeira vez, no início da época.

Ano após ano, a Avenida dos Banhos transforma-se no Toural, onde todos se encontram em tertúlia. É lá que está o conhecido Café Guarda-Sol, inaugurado em 1922, que completa neste verão o seu primeiro centenário. Tal como o… Vitória!

Sem certezas da data do seu nascimento, está também a festejar um século. Há uma certeza: abriu pela primeira vez na época balnear de 1922 e, desde então, é um icónico local de encontros para vimaranenses e vitorianos. Há outra certeza: não nasceu para fazer francesinhas à poveira, mas hoje em dia distingue-se pela qualidade com que as serve e pela arquitetura invulgar do edifício, inspirada num tradicional guarda-sol de praia.

Há poucos cafés centenários. E o mítico “Guarda-Sol” é um dos que habita a memória dos vimaranenses, que marcou e continua a marcar várias gerações e que continuamos a fazer dele um ponto de referência quando nos queremos encontrar com alguém… na Póvoa! “Vai ter ao Guarda-Sol!” é uma frase que nos pertence.

À longevidade do histórico “Guarda-Sol” deve-se a resiliência da família Ferreira, que gere o café/restaurante há 38 anos, depois da família Gomes Moreira ter erguido um imenso Guarda-Sol de pano que, ao longo do tempo, ganhou outros materiais e novas formas, sem perder nunca a sua essência enquanto local de tertúlia de poveiros, mas também de (muitos) vimaranenses e de vitorianos…

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