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Guimarães
15 agosto 2025
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Carolina, não tenha medo!

Vítor Oliveira
Opinião \ terça-feira, agosto 12, 2025
© Direitos reservados
Podia ser uma carta aberta. A letra de uma música. Ou um refrão. Mas não. Até porque já sabemos a cantiga toda…

Permita-me que a cumprimente com a educação que impera em Guimarães. Não a conheço pessoalmente. Também me parece que pouco conhecerá das nossas gentes, quando desafina ao afirmar publicamente que seriam racistas os adeptos do Vitória, um clube que até é dominado pelas cores… preto e branco!

Nunca tenha medo de vir a Guimarães. Ouvem-se muitas histórias que o filho Afonso Henriques bateu na Mãe para conquistar o país, onde hoje a Carolina tem palco para poder cantar… livremente. A tal liberdade que gosta muitas vezes de apregoar, fazendo ouvidos moucos quando a do outro começa.

Em Guimarães, não há “saia da Carolina com lagarto pintado”. Não há “Dois Amores”. Há somente “A Minha Casinha”, que defendemos sem… “Xutos & Pontapés”. “Resistência” dizem uns! Sardet, o André, diria que “Foi Feitiço”. Eu acrescentava que é tudo “Gente da Minha Terra”, que defende diariamente a sua “Lusitana Paixão” numa “Casa Portuguesa”, com certeza!

Em 2004, a Nelly Furtado deu-lhe “Força!”. Os Da Vinci, com o seu “Conquistador”, fizeram a melhor síntese: “Era um mundo novo, um sonho de poetas, ir até ao fim, cantar novas vitórias…”.

Isto até pode ser um “Circo de Feras”, com muitas “Taras e Manias”. Mas não somos, de todo, os “Loucos”, do Matias Damásio. Provavelmente, somos mais próximos da “Cinderela”, do Carlos Paião, bate, bate coração, para vermos um dia o Vitória… Campeão!

Carolina, “Haja o que Houver”, não havia necessidade de dar Bandeira, nem ser demasiado Bárbara. “Ela não sabe, pois não?”, costuma perguntar a Tinoco. Sabemos que não foi “O Erro Mais Bonito”, mas o país ficou a saber que, apesar de tudo, foi muito bem recebida no Berço por estes “Filhos da Nação”.

Quando tiver dúvidas do perfil de Guimarães e dos vimaranenses, passe os olhos pelos temas do seu reportório: “Como É Linda”. “Vai Lá”. “Olha Pra Nós”. “Tento Na Língua”. “Paz”. “Apetece”. “Dois Dedos de Testa”. “Coisa Mais Bonita”. “Guardo Tudo”. “Borboletas”. “Conta-me”. Pode sempre ajudar a inspirar novos temas de sucesso.

Parece fado atribuírem a Guimarães algo que não somos, não queremos ser, nem seremos. Apenas temos o nervo do Rei e, nas veias, o sangue do Afonso. Gostamos muito e defendemos o que é nosso. Aqui, contrariamos Bilac, o Olavo, dos “Santos & Pecadores”. Aqui, jamais diremos “Não voltarei a ser fiel”.

Aqui, no “Pólo Norte”, somos uma cidade diferente. Uma espécie de “Ala dos Namorados”. Entre nós, até podemos criticar a nossa cidade, mas ai de quem diga mal da nossa!

Resta-me despedir. Está na hora do “Solta-se um Beijo”.

Com toda a estima de um povo anfitrião, que gosta e sabe receber, espero (e desejo) que esta mensagem dos vimaranenses fique para… “A Vida Toda”!

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