“Eleições enfraquecem ou fortalecem? “
Aproveito para reforçar o pequeno aparte que fiz no primeiro texto que escrevi, apesar de estar nas funções de Chefe de Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal de Guimarães, quero aqui clarificar que, enquanto cidadão, tenho todos os meus direitos e deveres intactos de poder dar as minhas opiniões sobre os assuntos que bem entender, opiniões que só me devem vincular e responsabilizar a mim próprio enquanto Cidadão, pelo que faço questão de o reforçar.
Num ano em que vamos ter diversos atos eleitorais, urge tentar responder a uma questão, que me parece pertinente: as eleições fortalecem ou enfraquecem? Pois bem, depende!
Depende sempre de muitos fatores, depende da conjetura, depende de quem fica na oposição, mas depende, acima de tudo, de quem ganha, de ter a capacidade de contruir pontes, de procurar consensos e, resumidamente, ter a capacidade de convencer e mobilizar, não só “os seus”, como convencer e mobilizar “os outros” também. Convencer TODOS – ou que signifiquem a grande maioria. Assim aparecem os grandes líderes!
Tivemos em março eleições legislativas, o (novo) governo saiu mais forte ou mais enfraquecido?
Eu serei sempre suspeito para responder a essa questão. Contudo, se tivermos em conta que o anterior governo tinha maioria absoluta e o atual tem uma maioria (muitíssimo) relativa, aparentemente tudo indica que tenham originado um governo mais enfraquecido, mais frágil. Digo aparentemente, pois das grandes dificuldades surgem as grandes oportunidades e, por vezes, as grandes surpresas, assim como os grandes líderes. Será assim que vai acontecer? Não sei, pois ainda não sou adivinho, contudo, sempre posso confessar que desejo os maiores sucessos a este, como a todos os governos que estejam em exercício, pois o seu sucesso, será o sucesso de Portugal, e o sucesso de todos nós.
Em junho teremos eleições Europeias, ato eleitoral que tem atingido recordes negativos no que diz respeito à abstenção. Desde já, espero que esta tendência se inverta, e que o povo português exerça um dos direitos adquiridos com a “revolução dos cravos”, direito (diria mesmo dever) a votar.
Costumo dizer a muitos insatisfeitos com os políticos e com a política, que a melhor forma de protesto nunca passa por não ir votar - pois, pode confundir-se com preguiça e desinteresse -, no limite pode sempre optar pelo voto em branco.
Quanto a eleições nacionais (para já) são estas que estão previstas.
Ao nível local, também os partidos têm as suas disputas eleições internas em breve. No que toca à Concelhia de Guimarães, pelo menos o PS e o PSD têm previstas a realização de eleições com vista à sua organização interna, e a preparem-se para as eleições autárquicas em 2025.
Também aqui, no Berço da Nação, espero e desejo partidos fortes e organizados, com ideias e projetos para o futuro da Cidade onde Nasceu Portugal, Guimarães! Que sejamos sempre uma Cidade com muita história, mas sempre com um enorme futuro.
É isto que espero de TODOS os partidos, mas espero principalmente da minha família política, do partido socialista de Guimarães.
Tudo indica que a eleição vai acontecer na primeira quinzena de julho, já com a anunciada candidatura de Paulo Lopes Silva, ficando-se a aguardar outras que possam surgir, assim como se aguarda para saber se o atual Presidente da Concelhia, que acabou de ser eleito para deputado da assembleia da República para o mandato 2024-2028, irá ser recandidato.
Independentemente de quantos candidatos serão - se um ou mais -, assim como em todas as campanhas eleitorais, deixo o meu mais sincero apelo de que tudo decorra com elevação, onde o que mais importa, sejam sempre a discussão de ideias e projetos, da forma mais clarificadora possível para as pessoas.
Assim, identifico 3 pilares se levantam: uma campanha eleitoral com elevação, clarificadora e com bons projetos; havendo listas perdedoras, unirem-se em prol da vencedora, será o segundo pilar a construir; e como terceiro e último pilar, a capacidade de liderança de quem ganha, de escolher os melhores e de fazer pontes.
Se estes 3 pilares se concretizarem, tenho a forte convicção de que o futuro do PS em Guimarães será risonho, mas principalmente, e o que mais importa, o futuro de Guimarães será risonho.
Finalizo, como comecei: as eleições fortalecem ou enfraquecem? Pois bem, depende!
Depende sempre de muitos fatores, mas depende, acima de tudo, de quem ganha, de ter bons projetos, de ter a capacidade de contruir pontes, de procurar consensos, resumidamente, ter capacidade de liderança de convencer e mobilizar, não só “os seus”, como ter a capacidade de convencer TODOS! Assim aparecem os grandes líderes!