O que nos espera em 2022
Um novo governo, desde logo! As eleições legislativas realizam-se dentro de dias e delas vai sair um executivo para os próximos quatro anos. Em Guimarães, 2022 é sinónimo de datas simbólicas que os vimaranenses não esquecem, com destaque para a celebração dos 10 anos da abertura da Capital Europeia da Cultura 2012, ontem assinalada com a atribuição do nome da vereadora Francisca Abreu ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor – infraestrutura que conhecerá, em breve, um equipamento cultural vizinho totalmente renovado: a inauguração do Teatro Jordão.
Mas, 2022 é igualmente o ano em que o Vitória celebra o seu primeiro centenário. As comemorações já começaram e continuam quinta-feira, 27 de janeiro, às 18h30, no Estádio D. Afonso Henriques, com a inauguração de um mural em memória de Neno, outro rosto que se dedicou a Guimarães e que os vimaranenses e os vitorianos também não esquecem. Ainda no Vitória, em 2022, ano de eleições, completa-se o 25º aniversário da inauguração do Complexo Desportivo da Unidade. Foi a 22 de novembro de 1997.
Ali bem perto, na Costa, assinalam-se 70 anos que os missionários do Seminário do Verbo Divino chegaram a Guimarães, em 1952, instalando-se originalmente no então Mosteiro de Santa Marinha da Costa, ocupando hoje um imóvel próprio em Azurém, onde atualmente decorre uma outra missão relevante: o processo de vacinação contra a COVID-19.
A 7 de novembro de 2022, completa-se meio século que faleceu o vimaranense Novais Teixeira, escritor, jornalista e fervoroso apaixonado por Guimarães, que chegou a ser secretário de Manuel Azaña, Presidente da República de Espanha. É dele a célebre frase, proferida em outubro de 1956: “Não, não sou português! Sou mais do que isso: sou de Guimarães! Com efeito, sou de uma pátria pequenina e sólida chamada Guimarães (…). O resto, meus velhos amigos, é a fronteira de um outro mundo”.
O bairrismo vimaranense evoca outra data histórica em 2022. A 28 de julho, passam 75 anos do incêndio e da reconstrução da Praça de Touros de Guimarães, que demorou sete meses a ser construída para as Festas Gualterianas e que, depois das chamas de 1947, foi reerguida em apenas cinco dias, numa genuína demonstração da união vimaranense.
PEDRAS DA HISTÓRIA
No sopé da montanha da Penha, perto do Parque da Cidade, o edifício da Assembleia de Guimarães faz 50 anos, em 2022. Também meio século completa a Casa de Trás-os-Montes em Guimarães, cujas instalações estão situadas no Largo do Juncal (Feira do Pão).
Um século é o período que se completará a 17 de junho deste ano, quando for assinalada a chegada de Gago Coutinho e Sacadura Cabral ao Rio de Janeiro, como meta para a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. A façanha está eternizada numa escultura localizada nas imediações do Santuário da Penha, também conhecida como “Penedo dos Aviadores”, uma obra do escultor José Luís de Pina.
Ainda em 2022, faz 130 anos que o arqueólogo Francisco Martins Sarmento adquiriu os três blocos de granito que formam o Colosso de Pedralva, enorme estátua de granito que se encontra no jardim central que separa o Hospital do centro comercial GuimarãeShopping. O objetivo inicial de Martins Sarmento era levar o Colosso para a Citânia de Briteiros, contudo, devido ao seu elevado peso e às limitações da tecnologia da época, não foi possível fazê-lo.
Noutro âmbito, há 450 anos, era publicada a primeira edição de “Os Lusíadas” e o famoso episódio do “Grito do Ipiranga”, com o qual D. Pedro proclama a Independência do Brasil, faz já 200 anos. Se fosse vivo, José Saramago completaria o seu centenário em 2022, ano que marca o 25º aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá e as duas décadas de Timor Leste. E parece que foi tudo ontem…