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Um novo “berço” em Guimarães

Vítor Oliveira
Opinião \ terça-feira, julho 15, 2025
© Direitos reservados
Entrou em obras há dias e vai (re)nascer depois das férias. Provavelmente, em novembro. Com um rosto novo.

Refiro-me à Maternidade do Hospital de Guimarães ou, se preferir, da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Ave. Já teve muitas designações, mas o objetivo é o mesmo: permitir o nascimento de crianças em ambiente seguro, cuidado e humanizado.

Falar de maternidades, hoje em dia, é associar-lhes vocábulos como “encerramentos”, “dificuldades”, “atrasos”, “constrangimentos”. Em Guimarães, a palavra de ordem é “modernização”.

A intervenção no Serviço de Obstetrícia, que a tutela aprovou há dois anos, promete transformar literalmente as oito salas de parto, que vão passar a ter luz natural, casa de banho privativa (com chuveiro), paredes revestidas a madeira (para tornar o ambiente mais familiar), camas com possibilidade de permitir todas as posições de parto, além das grávidas poderem gerir a intensidade da luz da sala onde se encontram.

A grande novidade é a institucionalização de quartos verticalizados. O mesmo é dizer que a parturiente poderá escolher como pretende dar à luz: de pé, de cócaras, deitada ou em suspensão, com possibilidade do parto ser efetuado na água (banheira), onde a mulher fica suspensa ou em posição vertical durante o trabalho de parto e/ou expulsão.

A grávida terá liberdade na escolha da posição e dos movimentos, inclusive, no período expulsivo, além de poder ter a possibilidade de elaborar uma “playlist” e ter na sala de parto música a seu gosto, mais favorável ao relaxamento, ao bem-estar físico e emocional da mulher e à promoção de um ambiente de confiança e de segurança ao longo do trabalho de parto.

Já se sabe que a dimensão dos quartos será ampliada, mas a modernização do serviço inclui, também, a forma como se vai processar a vigilância ao coração do bebé. As salas estarão equipadas com cardiotocógrafos, permitindo, se necessário, a monitorização permanente do bem-estar materno-fetal, através de uma central informatizada, permitindo aos profissionais de saúde ter uma visão global e transversal.

A vigilância do ritmo cardíaco do bebé passa a ser feita através de sensores, por wireless e à prova de água, substituindo-se aos tradicionais fios. Isto significa, por exemplo, que as grávidas poderão estar a tomar banho, sem ser interrompida a comunicação entre o coração do bebé e a central digital, que continuará a receber os sinais vitais, sob atenção permanente dos profissionais de saúde.  

As obras, com a duração estimada de 145 dias, apenas terminam em novembro. Enquanto durar a intervenção, a Enfermaria está convertida em unidade de nascimento, com a garantia de todos os padrões de qualidade, humanização, segurança nos cuidados e, caso haja necessidade, reanimação neonatal. As medidas de conforto à parturiente estão salvaguardadas. Ou não fosse Guimarães uma Cidade Natal… todos os dias!

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