Eu “Bou” ao Rock In Rio Febras…
De repente, o pequeno festival que se realiza na margem do Rio Febras, na freguesia de Briteiros, em Guimarães, entrou na rota nacional dos festivais de música. Uma chamada de atenção jurídica – legítima, mas exagerada e sem sentido – projetou largamente o Rock In Rio Febras, depois do gigante Rock In Rio ter considerado que “o Febras” estava a competir e a fazer concorrência desleal.
Um comunicado assertivo e humorístico, emitido pela Casa do Povo de Briteiros, ganhou proporções planetárias e gerou-se uma onda de solidariedade que ultrapassou as margens do Rio Febras. Há tentativas de agenciamento do festival, há excursões, há pedidos de espaços para dormir, para acampar, há reservas de quartos na freguesia, haverá música, alegria, bifanas e… febras!
O próximo dia 22 de julho promete ser memorável. O parque fluvial de Briteiros não terá uma enchente a fazer lembrar o festival de rock que acontece em Lisboa, mas está a ter seguramente uma visibilidade mediática fora do comum, ao nível dos festivais de verão que se realizam nesta altura do ano. Este é, pois, um excelente exemplo de como um problema se pode tornar numa oportunidade de promoção. Pelo… bem!
O espírito do festival deste ano manterá o seu cariz social, com o envolvimento da comunidade local, onde todos trabalham para o sucesso do evento e todos ajudam na limpeza final do recinto. Gente de fibra! Provavelmente, já não será necessário continuar a pedir eletricidade e água emprestada aos vizinhos. As receitas, essas, revertem para o Centro de Dia.
Falta agora encontrar um novo nome para o festival. O público terá a palavra final. Está a decorrer uma votação e não sei quando tencionam anunciar a nova denominação, mas fica uma dica, desde já. Na próxima quinta-feira, 13 de julho, comemora-se o Dia Mundial do Rock, precisamente uma semana antes do festival vimaranense cujo nome estamos legalmente impedidos de o dizer.
Há muitas propostas em cima da mesa, algumas com bastante sentido de humor: “Febras Alive”; “Super Bock, Super Febras”; “Zambujeira do… Rio Febras!”; “Febras, Rock and… Rio!”; “Rock In Rio… Sardinhas!”. Se há febras, tem de haver sardinhas, não é?
Enfim, está um verdadeiro churrasco. Todos sabemos, porém, quem (não) saiu chamuscado. Agora, só resta meter a viola (do logótipo do festival) entre as pernas, tomar uma nova direção e “remar” até ao “Rock In Mar Febras”. É que, depois desta onda mediática, só se pode esperar um mar de gente no dia 22 de julho. Eu “Bou”…