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Bairro 1128 quer ligar património e inovação através do digital - vereador

Tiago Mendes Dias
Economia \ segunda-feira, outubro 09, 2023
© Direitos reservados
Ainda à espera da reprogramação do PRR para avançar com o projeto, Paulo Lopes Silva frisou que o projeto prevê novos pontos de informação digitais, mantendo o respeito pela memória dos locais.

A visão de Guimarães para os Bairros Comerciais Digitais, programa do Governo para a digitalização do comércio de rua das cidades com financiamento total de 77 milhões de euros, contempla a intervenção na área entre a Alameda de São Dâmaso e a rua de Santo António, a “cintura ligada ao comércio tradicional”, entre o centro histórico classificado como Património Mundial há mais de 20 anos, a norte, e a área entre a rua da Ramada e a Avenida Conde de Margaride, a sul – o designado Bairro C, “bairro da cultura, da ciência, do conhecimento, da criatividade e do carbono zero”, afirmou Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal, na apresentação do projeto da cidade-berço, decorrida na Praça Condessa do Juncal.

Ainda sem financiamento garantido, já que obteve o 95.º lugar entre 160 candidaturas e aguarda a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência, Guimarães já deu o nome ao projeto: trata-se do Bairro 1128, em alusão à Batalha de São Mamede e à comemoração dos seus 900 anos. O vereador para os sistemas inteligentes mencionou a instalação de pontos digitais de informação nas lojas, a colocação de “bancos inteligentes” no espaço público, com pontos de carregamento de dispositivos tecnológicos, e a crescente coexistência dos espaços de transporte, com prioridade para os transportes públicos, como exemplos de um bairro que tenciona interligar “o património e a inovação”.

“Pretendemos preservar a memória e a história dos locais, ao mesmo tempo não repetindo as fórmulas de sempre. Queremos ir inovando, com uma visão vanguardista, e ir atingindo novos objetivos. Queremos novos locais de informação para dar informação sobre essas lojas físicas. Teremos uma plataforma de e-commerce em funcionamento. Não queremos que deixem de vir às lojas. Queremos levar o espaço púbico para o digital e trazer o digital para o espaço público”, descreveu. As alterações ao comércio de rua implicam um “repensar do espaço público”, acrescenta, sem esclarecer possíveis avanços quanto à pedonalização do troço entre a ala norte da Alameda de São Dâmaso e a rua de Santo António.

Os Bairros Comerciais Digitais preveem, por exemplo, a instalação de equipamentos digitais nas lojas e de múpis no espaço público com informações sobre comércio, estacionamento, mobilidade e agenda cultural. Guimarães assumiu a intenção de aliar essas valências a uma área mais vocacionada para o peão. Na reunião de Câmara de 15 de setembro, o presidente, Domingos Bragança, admitiu que a candidatura foi aprovada, mas não “correu bem”.

 

“O digital impulsiona a prosperidade”

Antes da intervenção do vereador, o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa defendeu que a iniciativa vai “transformar a forma” como se vê e reconhece o “comércio de bairro” e que a digitalização é um caminho sem retorno, cabendo garantir que não se deixa “ninguém para trás”.

“O digital impulsiona o crescimento económico e impulsiona mais prosperidade à nossa sociedade e ao nosso país. Temos empenho em valorizar o comércio de rua, com gestão de rua inovadora e comum”, disse Mário Campolargo, vincando a importância dos dados no dia a dia das sociedades. O secretário de Estado revelou ainda que vai haver 60 milhões de euros reprogramados do PRR para a digitalização.

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