Câmara busca acordo com CP para criar vaivém ferroviário Lordelo-cidade
A ideia consta do estudo para a mobilidade concelhia pela primeira vez apresentado a 29 de julho de 2021 e o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, vai apresentá-la à CP nesta sexta-feira, em busca de luz verde: o reforço da conexão entre Guimarães e Lousado, com um aumento de horários que permita às populações do sudoeste do concelho terem alternativa à Estada Nacional 105 para entrar ou sair da cidade.
O objetivo da autarquia é conseguir uma locomotiva de vaivém para aumentar o uso de uma infraestrutura cuja utilização se fica pelos 30% da sua capacidade; a moeda de troca é o município responsabilizar-se pela gestão dos apeadeiros entre a cidade e a vila de Lordelo, na fronteira com o concelho de Santo Tirso – Covas, Nespereira, Pereirinhas, Cuca e Gisteira, já depois da estação de Lordelo. “O projeto foi aceite como projeto-piloto. Não deixando de ter todos os outros. Queremos trazer para nós os apeadeiros e vemos o que temos de fazer”, esclareceu após a reunião de Câmara.
A ideia do reforço da conexão entre Guimarães e Lousado, com o aumento de serviços diários de 16 para 54 que leva à passagem de transporte de 20 em 20 minutos, resulta de um estudo de mobilidade da empresa Trenmo, que reconhece a impossibilidade de reformular a EN 105. “É praticamente impossível um novo canal na mesma via”, referiu então Anita Pinto, engenheira envolvida no estudo.
O desafio passa então por reforçar o serviço ferroviário de curta distância, sendo, para tal, necessário melhorar os acessos aos apeadeiros ou construir novos, “mais acessíveis” à mobilidade pedonal, ciclável e rodoviária. “Covas tem bons acessos, mas Nespereira está atrás da Filasa, com escadas para lá se chegar. O das Pereirinhas está atrás da antiga Baiona. Na Cuca, igual. (…) O custo de lá chegar é muito grande”, referiu então a especialista.
Caso a CP dê luz verde, a Câmara terá de investir na melhoria dos apeadeiros e dos seus acessos. Sem projeto, é para já impossível estimar qual o investimento que as obras requerem, admitiu Domingos Bragança.