Com a ajuda de 5.000 espanhóis, hotéis alcançam ocupação entre 85 e 100%
A taxa de ocupação das unidades de alojamento de Guimarães oscila entre os 85 e os 100% para esta quadra pascal de regresso das pessoas às ruas e do turismo, após dois anos de (vincadas) restrições, à boleia da pandemia de covid-19. “Está tudo cheio, cheio, cheio. Os hotéis estão entre os 85% a 100%”, resume ao Jornal de Guimarães o presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH), José Diogo Silva.
A enchente em causa é fruto das “avalanches de espanhóis” que rolaram até território vimaranense; são pelo menos 5.000 os cidadãos do país vizinho alojados em Guimarães. Nesse contexto, os hostels, as unidades de alojamento local e a maioria dos hotéis já só têm “disponibilidade” para hóspedes a partir de domingo à noite. Entre as exceções, encontram-se, por exemplo, o Hotel de Guimarães e o Hotel da Oliveira, ambos de 4 Estrelas.
“No Hotel de Guimarães, só as duas suítes mais caras não estão cheias. O Hotel da Oliveira está com 85%, porque os quartos mais caros não estão ocupados. Os hostels e os alojamentos locais estão a 100%”, explica o dirigente.
O próprio funcionamento dos restaurantes espelha a onda turística da Páscoa, acrescenta: “Antigamente, os restaurantes estavam todos fechados aos domingos. Hoje, estão todos abertos”.
José Diogo Silva crê, no entanto, que a lotação quase esgotada dos hotéis é (também) resultado da “pouca oferta” de Guimarães. Para o presidente da AVH, é preciso atrair “mais investimento”, até porque “a concorrência vai ajudar também” a que as unidades existentes se “tornem melhores”.