Escolas. Oposição pergunta pelas obras em São Torcato e na João de Meira
A EB 2,3 João de Meira vai ser dotada de uma infraestrutura que vai servir a comunidade escolar e o Vitória Sport Clube. O processo ainda está em fase de projeto, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, na reunião de câmara de quinta-feira. “Estamos a trabalhar para ter o pavilhão no futuro mais próximo possível, terá a mesma cobertura do equipamento desportivo da EB 2, 3 de Caldas das Taipas”, adiantou o autarca.
O estabelecimento escolar já tinha estado debaixo dos holofotes em setembro, altura em que os professores de Educação Física anunciaram que não irão lecionar aulas práticas da disciplina devido às condições do pavilhão. No comunicado, os docentes diziam que “existe a promessa da construção de um novo pavilhão desportivo há onze anos”, sem “nunca ter havido um verdadeiro compromisso”.
A educação e o estado do parque escolar concelhio foram, aliás, temas bem presentes na reunião de vereação. A situação da João de Meira surgiu por arrasto na intervenção de Vânia Dias da Silva. A vereadora da oposição falou de “obras de requalificação prometidas e eternamente postergadas” num “sem número” de estabelecimentos escolares. A centrista perguntou ainda à câmara municipal a “calendarização de obras urgentes” no parque escolar, acenando com o concurso para a obra de requalificação da EB 2,3 de São Torcato.
A requalificação daquela escola já tinha sido trazido à tona pela Coligação Juntos por Guimarães em junho deste ano. Na altura, Domingos Bragança referia que o concurso estava para breve e argumentou que o atraso se prendia com a “renitência” da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) em dar luz verde a uma intervenção mais profunda. Com o desígnio de fazer uma empreitada mais “densa” do que o que inicialmente previsto, o custo triplicou para três milhões de euros. O autarca prontificou que a intervenção não vai começar este ano e a vereadora da Educação aponta para o primeiro semestre de 2022.
Até porque juntou-se a necessidade de um ajuste com a chegada do Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE), que ditou a necessidade de obras “para dotar as escolas de infraestruturas necessárias para as dotar digitalmente”. “Não estava prevista esta dimensão, teve que ser incluída a parte da eletricidade, internet, como teríamos rede em todas as salas, nos espaços comuns. E tudo isto já foi acrescentado”, explicou a vereadora.
Com a revisão do projeto, a obra “está na fase final para ir a concurso”. “Tivemos duas obras que foram pela segunda vez a concurso – há questões que não controlamos”, pontuou.
“Em momento nenhum nós paramos o processo, esteve sempre a ser trabalhado, foi incluído o pavilhão, que não estava na requalificação. Quando a empresa de revisão concluir a revisão o projeto poderá ser levado a concurso”, acrescentou ainda Adelina Paula Pinto. A vereadora lembrou ainda o plano de intervenção das escolas, que tem Pevidém e São Torcato como prioridades e as intervenções “nos exteriores das escolas”: jardins, parques, campos sintéticos. “Não é verdade que não há plano, há um plano e uma intervenção física”, disse, à margem da reunião de câmara.
Vânia Dias da Silva e Adelina Paula Pinta abordaram ainda a educação digital. Se a centrista foca “problemas de conectividade nas escolas”, a vice-presidente da CMG retoca “esforço enorme”. “Tínhamos os tablets e depois não se conseguiam ligar todos a internet, uma turma inteira não podia trabalhar”, exemplificou. A vereadora disse ainda que foram adquiridos 60 projetores de vídeo no ano passado e vão ser adquiridos mais 60.