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HSOG é Centro Académico e de Formação e quer reconhecimento universitário

Bruno José Ferreira
Saúde \ quinta-feira, maio 26, 2022
© Direitos reservados
Hospital de Guimarães destaca-se a nível internacional na investigação clínica e é o primeiro do SNS certificado. Quer estatuto de hospital universitário e terá uma estrutura física para investigação.

“Uma pequena vitória” para Pedro Cunha. “Do que melhor se faz no nosso país” para Henrique Capelas. Ou, “motivo de orgulho para toda a comunidade do hospital, que vai muito para além de Guimarães”, na ótica de Domingos Bragança. Independentemente do foco ou das palavras utilizadas, esta quinta-feira foi dia de celebração para o Hospital Senhora da Oliveira Guimarães (HSOG) com a Certificação do Centro Académico e de Formação, coordenado por Pedro Cunha.

A cerimónia de certificação teve lugar no auditória da unidade hospitalar vimaranense, em que o médico Pedro Cunha afirmou o “centro de investigação clínico de excelência” implementado no HSOG, uma “instituição completamente certificada”. Em 2020 foram publicados por autores deste centro mais de centena e meia de artigos científicos, sendo que anualmente passam pelo HSOG mais de um milhar de alunos, sendo feitos mais de quinhentos estágios de ensino pós-graduado e parceria com 38 estabelecimentos de ensino pós-graduado.

Esta aliança com a Universidade do Minho está a dar frutos de referência internacional, que leva a que a pretensão seja reconhecer o HSOG como um hospital universitário. “Este é um hospital de competências reconhecidas de ensino, investigação e inovação. O Hospital Senhora da Oliveira é um hospital universitário e já é altura de isso ser reconhecido oficialmente”, atirou Pedro Cunha com um tom inflamado.

“Guimarães merece e Portugal precisa”, disse o coordenador da comissão parlamentar de saúde da Assembleia da República

Luís Soares, deputado vimaranense e coordenador da comissão parlamentar de saúde da Assembleia da República, exaltou o “exemplo do Hospital de Guimarães para o Serviço Nacional de Saúde” pelo seu “excelente contributo para o país”, assumindo o compromisso de ajudar a tornar o HSOG um hospital universitário. “Não poderia deixar estas paredes sem tornar pública uma convicção minha: por isso digo que podem contar com o meu apoio”, disse, complementando que “Guimarães merece e Portugal precisa”.

Esta convicção de Luís Soares reside na capacidade de sonhar que a equipa de investigação do HDOG tem tido. “É sempre possível sonhar e fazer tão bem como se faz nas grandes cidades europeias”, apontou. “A partir de uma cidade de média dimensão e de um hospital de média dimensão, a visão do Dr. Pedro Cunha permite fazer como os melhores do mundo”, vincou Luís Soares.

Henrique Capelas, presidente do conselho de administração do HSOG, relembrou que a certificação que hoje se assinalou “é resultado de uma visão estratégica para permitir a este hospital gerar conhecimento para melhor tratar as pessoas”, colocando-o “ao nível do que melhor se faz no país”. Contudo, “não foi fácil que Guimarães fosse escolhido de entre tantos outros hospitais” para este projeto, que o torna o primeiro do SNS o primeiro a ser totalmente certificado no âmbito da norma portuguesa.

Domingos Bragança: “A sina de Guimarães é ter de mostrar trabalho para obter o que quer que seja”

Domingos Bragança, presidente do município, foi o último a usar da palavra, relembrando que a abrangência do HSOG vai para além dos limites do concelho, sendo por isso “um orgulho cada vez maior ter um dos melhores hospitais do país”, que é “um exemplo a replicar em toda a Europa em termos de investigação clínica”.

O líder máximo do município mostrou-se disponível para apoiar a investigação, lançando o “convite para que a investigação se possa instalar em Guimarães, através de um cluster com várias parcerias”.

Em relação ao estatuto de hospital universitário, reivindicado pelo HSOG, Bragança relembrou que “a sina de Guimarães é esta”.  "Guimarães para obter alguma confirmação do governo, ou algo do género, tem de trabalhar muito. Não conseguimos nada que seja dado, só com trabalho”, frisou. “Para termos o hospital universitário terá de ser com trabalho, então que assim seja, com este trabalho, assim seja”, concluiu.

No âmbito deste projeto o Hospital Senhora da Oliveira Guimarães terá em breve uma nova infraestrutura física, uma construção modular que se espera que esteja em funcionamento no final do ano, que funcionará como Hospital de Investigação Clínica.

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