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Tomada de posse: Torrinha lembra Francisca Abreu e pede uma AM melhor

Tiago Mendes Dias
Política \ sábado, outubro 16, 2021
© Direitos reservados
Presidente da Assembleia Municipal realçou que o órgão deve aproximar-se dos vimaranenses, para cumprir na plenitude a sua dimensão “fiscalizadora”. Recordou ainda a antiga vereadora da Cultura.

A menção a Francisca Abreu motivou, porventura, o mais longo e sentido aplauso da sessão de instalação dos órgãos municipais para o quadriénio 2021-25. Embora recém-empossado para um segundo mandato como presidente da Assembleia Municipal (AM), José João Torrinha discursou na condição de presidente cessante e recordou, logo no início, a antiga vereadora para a Cultura, Francisca Abreu, que morreu a 27 de agosto de 2020.

“Quero prestar uma homenagem a quem Guimarães não esquece. Dela todos somos devedores. Para a Francisca Abreu, peço uma salva de palmas”, declarou, com os presentes no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor a levantarem-se em simultâneo para lembrar aquela que o antigo presidente da Câmara, António Magalhães, definiu como alma mater da Capital Europeia da Cultura 2012.

Na qualidade de presidente cessante, José João Torrinha vincou ainda que, nos últimos quatro anos, procurou garantir o funcionamento do órgão deliberativo da forma que lhe pareceu “mais justa, mais equitativa e mais aberta a todos”, segundo o “debate de ideias” com “respeito pelo adversário”. “Procurei sempre ajudar e aproximar, ao invés de desunir”, disse.

Convicto de que os deputados souberam unir-se para assegurar o funcionamento da AM na “fase mais dura da pandemia”, José João Torrinha antecipou o “que ainda está por fazer”. Apesar do órgão ter saído da cidade pela primeira vez, para uma sessão em Ronfe, o responsável admitiu que a AM é “ainda uma circunstância distante dos vimaranenses”.

Torrinha admitiu ter “quota-parte da responsabilidade”, mas vincou também a importância dos órgãos de comunicação social prestarem mais atenção à AM, de forma que não se intensifiquem as “assimetrias” entre a relevância dos vários órgãos de poder local.

“Na luta pela relevância deste órgão autárquico, não fizemos tudo o que deveria ser feito. A Assembleia tem de ser um órgão de fiscalização efetivo no qual os vimaranenses se revejam. Quanto aos órgãos de comunicação social, devem ser mais ativos a promover os temas que lá se discutem e dos atores que lá discursam”, defendeu.

O presidente do órgão deliberativo agradeceu ainda o facto de milhares de vimaranenses terem acorrido às urnas a 26 de setembro – 63,58% dos eleitores inscritos, mais concretamente – e não deixado em “mãos alheias” o poder de decidir o seu futuro, que tanto custou a conquistar.

“Houve gente que lutou muito para que pudéssemos votar, dando, em alguns casos, a vida. Um poder local forte, autónomo, com legitimidade e recursos próprios, tornou-se decisivo no Portugal de hoje”, sentenciou.

O discurso ocorreu após a instalação dos 11 membros do executivo municipal e dos 97 deputados da AM. O órgão deliberativo reúne pela primeira vez no quadriénio 2021-25 a 05 de novembro, uma sexta-feira, no Pequeno Auditório do CCVF.

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