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A Penha, a Natureza e o Vinho

Paulo Mateus
Opinião \ quarta-feira, novembro 24, 2021
© Direitos reservados
A Penha também tem os seus tesouros escondidos e, para lá da melhor vista panorâmica de Guimarães, do culto religioso, dos bons restaurantes, há toda uma atividade vinícola que muitos desconhecem.

De volta ao Monte da Penha, um dos lugares mais turísticos da cidade de Guimarães e onde é habitual ver-se uma constante atividade seja lazer ou desportiva, ao fim de semana ou mesmo à semana, a Penha pelo seu denso arvoredo, é um local refrescante e verde, por falar em verde, a Penha também tem os seus tesouros escondidos e para lá da paisagem estonteante e da melhor vista panorâmica de Guimarães, do culto religioso, dos bons restaurantes, há toda uma atividade vinícola que muitos desconhecem, é esta faceta da Penha que me tem surpreendido, seja pelo terroir, seja pela exposição solar, a Penha tem produtores a produzir bons vinhos verdes, vinhos que merecem pela sua qualidade serem conhecidos e degustados, pois nada melhor do que uma refeição acompanhada de frescura e natureza.

Assim, de novo quero dar a conhecer uma quinta na Penha, de um jovem produtor que sabe tratar bem a casta Loureiro, uma casta que deve o seu nome aos aromas que nos remetem para a flor de Loureiro, casta branca de alta qualidade, produz um vinho de cor citrina com um caráter frutado, desde citrino (limão) e maçã verde e com um toque floral: delicado (lembrando rosas ou jasmim). Pode também apresentar notas de mel e alguns aromas tropicais. É por isso uma casta bastante versátil, na boca revela uma acidez equilibrada, persistente e elegante, uma sensação refrescante duradoura, o que torna os vinhos especialmente adequados a para a mesa. E a casta Alvarinho, uma casta que não precisa de apresentações, neste Minho do vinho verde, e que é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas.

A Quinta de Morteiras faz um vinho verde Loureiro de nome Dom Camilo, em honra do avô, antigo proprietário da quinta na Penha, onde hoje estão plantadas, em alguns bons hectares, as videiras que cada ano e com o sonho de Vítor Areias, dão vida a um vinho jovem, mas com estrutura, um vinho arrojado, mas fresco e com alguma complexidade, com um final de boca bastante interessante, um vinho que tende para um consumo mais imediato. Definitivamente, é um vinho a descobrir e saborear.

Brevemente sairá um Alvarinho e um blend Alvarinho&Loureiro, no qual as duas grandes castas da Região dos Vinhos Verdes, irão formar um casamento perfeito. Como escrevia Oscar Wilde: ”Para conhecer a colheita e a qualidade de um vinho não é necessário beber toda a pipa". Pois basta beber um copo para podermos dizer que desta pipa saiu boa colheita. E este Dom Camilo Loureiro, é bom vinho saído de uma boa colheita e feito com o saber de quem tem uma paixão pelo vinho.

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