É Natal…
“The most wonderful time of the year”, como diz a música de Andy Williams, está chegar.
O Natal é realmente a melhor época do ano. É tempo de dar e receber, de amor e carinho, é tempo de sentir o calor das famílias, o reencontro de amigos. É a altura de mesas cheias de receitas natalícias e de bom vinho.
Lembro com alguma saudade a azáfama na cozinha da casa na Guarda onde, desde cedo, a minha mãe cozinhava com toda a mestria os pratos e sobremesas a serem servidos na noite de consoada. Onde toda a família reunida saboreava as iguarias saídas da mão da melhor cozinheira do mundo. Recordo como a casa se enchia de aromas. Esta é uma época na qual o pecado da gula é guardado num cofre e fechado às sete chaves.
Há muitos anos a viver em Guimarães, fui adaptando a minha consoada em família, num misto de sabores entre a Beira e o Minho. O Bacalhau na noite da consoada é um prato obrigatório e a Roupa Velha e o Perú recheado no dia seguinte, são uma tradição nacional (na Beira Alta o Perú é, por vezes, substituído pelo Cabrito Assado). Habituei-me a ter na mesa os Mexidos do Minho ao lado da Tigelada beirã, a Aletria e o Arroz Doce, o Pão de Ló a disputar atenções com a Sericaia (doce alentejano adotado cá em casa), as Rabanadas mostrando argumentos aos Sonhos e umas filhós ombreando com uns Coscorões, enfim uma mesa pouco fitness mas muito rica em mistura de sabores.
O Vinho? Não pode faltar um bom vinho à mesa, para a harmonização. Este ano, os escolhidos estarão entre os vinhos da Cartuxa, Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo, Quinta do Vale Meão, Alves de Sousa, Quinta da Lapa e para acompanhar os doces está decidido um Moscatel de Favaios Reserva (prefiro moscatel ao vinho do Porto). Há pessoas esquisitas.
Sejam felizes.
Desejo a todos um Santo Natal.