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Um sinal de que vamos vencer

Bruno Fernandes
Opinião \ quinta-feira, abril 01, 2021
© Direitos reservados
Se tivermos ambição, Guimarães pode ser ainda melhor.

Nos dias que correm, qualquer empresa ou empresário que arrisque dar um passo para iniciar um novo negócio, ou para alargar o que já tem, é de louvar pela coragem. Além de vivermos tempos difíceis, pelo quadro económico que as medidas de contenção da pandemia vieram criar, com grande parte da economia parada e com os restantes setores fortemente afetados pela paragem dos outros, temos que nos lembrar que antes desta situação o quadro já não era o mais favorável.

A imprensa vive, desde há vários anos, momentos particularmente difíceis. A mudança de hábitos provocada por vidas mais aceleradas, em que o tempo necessário para a leitura foi sendo encurtado e concorrência do digital, nomeadamente das redes sociais, vieram colocar esta indústria em crise.

É por isso que registo com particular agrado a relativa pujança que Guimarães ainda vai tendo nesta área, indispensável para que a democracia possa funcionar plenamente. Guimarães tem um jornal centenário, consegue ser a única cidade do país com um semanário desportivo, surgiu, não há muitos anos, um novo projeto de comunicação que, entretanto, se afirmou, tem três estações de rádio, duas hertzianas e uma online, tem projetos próprios de comunicação em algumas das vilas e vai ter agora mais um jornal. Não é nada mau, se considerarmos que há cidades em Portugal que não têm uma rádio, em que o único jornal que existe resiste com grandes dificuldades.

Isso não quer dizer que estes projetos não têm que enfrentar grandes dificuldades para se manterem de pé. Estou certo que, se não fosse pela paixão que dedicam aquilo que fazem, por uma questão puramente económica, os empresários e jornalistas que estão envolvidos nestes projetos estariam melhor a fazer outras coisas.

Revejo-me nesta paixão, que num outro domínio é também a razão que me leva a apresentar-me aos vimaranenses como candidato a presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

Desejo a este projeto, que agora nasce, a maior sorte, certo que, para que a economia funcione, sorte não basta. Nos tempos que temos pela frente, vai ser preciso engenho e vontade para voltar a pôr a economia a funcionar. Nessa tarefa a sociedade civil tem um papel muito importante, mas as autoridades, o Governo Central e as autarquias não podem esperar que tudo se resolva por magia.

A estes que tem a coragem de avançar nos momentos mais difíceis é preciso guardar-lhes a retaguarda e criar condições para que possam triunfar. Essa é uma responsabilidade do Estado, Governo e autarquias. Podem contar comigo para esse objetivo comum de voltar a pôr a economia de Guimarães a funcionar, mais forte do que nunca. Se tivermos ambição, Guimarães pode ser ainda melhor.

Quando for eleito, irei executar de imediato um Plano de Recuperação Económica dos setores mais vulneráveis e afetados pela pandemia no nosso concelho. Temos de recuperar os cafés, os restaurantes, as empresas ligadas ao turismo e os agentes culturais… Perguntar-me-ão o que é que isso tem que ver com o lançamento de um novo jornal? A resposta é simples: são esses negócios que anunciam nos jornais e que com isso garantem a sua sobrevivência, independente de outros poderes. A economia funciona em rede, ou não funciona.

É por isso que, mais uma vez felicito quem tem a coragem de se lançar num novo projeto desta envergadura, porque ao fazê-lo demonstra coragem, mas também dá um sinal a toda a economia de que vamos vencer.

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