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Estacionamento em Camões isento nas primeiras duas horas antes de se pagar

Tiago Mendes Dias
Política \ terça-feira, dezembro 07, 2021
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As taxas voltaram no dia 01, a um preço de 40 cêntimos à hora, mas só a partir da terceira hora. Vereadores não veem incompatibilidade entre estacionamento barato e incentivo ao transporte público.

O pagamento de taxas regressou ao parque de estacionamento de Camões, mas ainda resta um período de isenção: quem ali estacionar até duas horas, não paga nada, revelou a vereadora com o pelouro dos Serviços Urbanos, Sofia Ferreira. “Está prevista a isenção das duas primeiras horas de utilização do parque. Estamos perante um tarifário que não é agressivo, comparando-se com tarifários de outras cidades. Estamos a falar de 40 cêntimos na primeira hora a pagar”, disse, após a reunião do executivo municipal de segunda-feira, reforçando o que já adiantara na ordem de trabalhos.

Para a responsável, a medida anula o “efeito garagem” ocorrido desde a entrada em vigor da isenção, com automóveis ali estacionados por dias consecutivos, sem prejudicar o apoio ao comércio e aos serviços do centro da cidade. “A medida pretende garantir a rotatividade necessária no parque de Camões, por forma a dar resposta ao comércio, aos serviços e aos próprios moradores. Havia até agora um efeito garagem”, acrescentou.

Rosto da coligação Juntos por Guimarães nas últimas Autárquicas, Bruno Fernandes questionou a data escolhida para a revogação da isenção, tendo lembrado que dezembro é o “mês alto para o comércio”, um dos setores que, a seu ver, mais precisa de “minimizar os efeitos da pandemia”. “Suspendê-la em dezembro, no mês alto para o comércio, leva-nos a questionar o município. Porque é que não se tomou esta deliberação para 01 de janeiro? Esta deliberação deveria ser tomada a 01 de janeiro de 2022”, defendeu.

 

Vereação olha estacionamento e transportes públicos como complementares

O fim da isenção no parque de Camões surge um mês antes da entrada em vigor da nova concessão de transportes públicos de Guimarães, a cargo da empresa do Vale do Ave. A partir de 01 de janeiro, uma frota com “idades média e máxima muito inferiores” às atuais, que inclui 22 veículos elétricos, começa a circular por uma rede de itinerários mais extensa, mas esse incremento na oferta de transporte coletivo não é incompatível com uma política que facilite o aparcamento automóvel na cidade, realçou Sofia Ferreira.

“Houve um forte investimento para que o transporte público passasse a ser mais atrativo do que o que é”, disse, a propósito da concessão de 15 milhões de euros. “A aposta será sempre no incentivo ao transporte público, mas não deixaremos de ter veículos a dirigirem-se à cidade, ou porque vêm ao comércio ou aos serviços. Temos de ir ajustando a oferta à realidade do momento. Há que criar condições para um equilíbrio necessário”, detalhou.

Quanto a Bruno Fernandes, as duas modalidades de transporte são “complementares”, já que o transporte público preenche lacunas nos horários para jovens se deslocarem pelo território vimaranense ou para os cidadãos se deslocarem “para os parques industriais a preço competitivo”. Já o estacionamento serve principalmente para “apoio ao comércio”, reunindo pessoas que não estarão no mesmo local por oito horas ou mais.

“É necessária a existência de uma rede de transportes públicos eficaz. Por mim, vinha para as reuniões de câmara desde que com horários compatíveis e todo o conforto, mas o município deve ter uma rede de parque de estacionamento para os munícipes fazerem compras e lazer. É preciso que os transportes se complementem”, disse.

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