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A crise é climática

Rui Antunes
Opinião \ terça-feira, agosto 03, 2021
© Direitos reservados
A emergência climática é o desafio dos nossos dias. As ações que tomamos hoje determinarão a sobrevivência da nossa espécie e do planeta.

Os impactos das alterações climáticas são cada vez mais evidentes. Cheias na Alemanha, fogos de grandes dimensões nos Estados Unidos, seca em Madagáscar e, em Portugal, as ondas de calor e cheias em Guimarães, a seca em Odemira e os incêndios em Pedrógão são exemplos de um planeta doente e precisar de respostas urgentes que combatam este flagelo.

Apesar dos inúmeros alertas dos cientistas, para a limitação imediata da emissão de gases poluentes, os governos locais e nacionais continuam a apresentar respostas tardias e insuficientes, pelo que podemos chegar a um ponto de não retorno, em que os fenómenos climáticos extremos intensificam-se e a situação será impossível de reverter.

Para se perceber melhor quais as implicações para o nosso território, uma equipa da Universidade do Minho vai estudar o impacto provocado pelas alterações climáticas, nomeadamente a subida do nível médio do mar e o aumento dos incêndios, no Parque Nacional Peneda-Gerês e nos parques naturais do Litoral Norte e Alvão. O projeto ClicTour - Alterações climáticas e resiliência do turismo nas áreas protegidas do Norte de Portugal tem financiamento europeu e conta com uma equipa multidisciplinar de investigadores nas áreas de comunicação, economia e turismo, que trabalharão em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O desenvolvimento de um modelo que permita compreender com mais detalhe de que forma as alterações climáticas afetaram as nossas vidas e ter um conhecimento mais aprofundado sobre as medidas que devem ser tomadas para combater as alterações climáticas.

Algumas respostas urgentes para proteger o planeta são conhecidas e devem ser executadas com a maior brevidade possível. Por um lado, precisamos de reduzir drasticamente as emissões poluentes, promovendo a circulação pedonal e ciclável, limitando a circulação automóvel nos centros urbanos e investindo num serviço de transportes públicos eficaz e eficiente. Por outro, necessitamos de proteger os recursos naturais, aumentando a área florestal e impedindo a impermeabilização dos solos, para que a natureza funcione como sumidouro de carbono.

A emergência climática é o desafio dos nossos dias. As ações que tomamos hoje determinarão a sobrevivência da nossa espécie e do planeta. Estas eleições para as autarquias locais são determinantes para debater sobre as melhores propostas para responder a crise climática. Devemos proteger o território e decidir sobre o futuro que queremos construir em respeito pelo ambiente e pela natureza.

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