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CEC 2012, fizemos parte!

Alfredo Oliveira
Opinião \ quinta-feira, janeiro 13, 2022
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Como dizia Francisca Abreu, com a CEC2012 “ninguém foi posto de lado”. Fazendo jus à frase, o destaque desta primeira edição de 2022 do JdG retrata isso mesmo, dando voz a alguns que a viveram.

Passaram dez anos.

Anunciada (Proposta) em outubro de 2006 pela ministra da (C)cultura da altura, Isabel Pires de Lima, a Capital Europeia da Cultura tornou-se realidade meia dúzia de anos depois.

Este projeto teve rostos marcantes e neste curto espaço poderemos resvalar para algumas injustiças, pela ausência de citações. Assim, sendo parcimonioso, existem dois nomes incontornáveis nesta história: António Magalhães e Francisca Abreu. António Magalhães será sempre uma referência pela sua atuação a nível de projetos culturais, seja pela CEC, seja pela classificação do centro histórico vimaranense como Património Mundial da UNESCO, em 2001. A vereadora da cultura entre 1998 e 2013 revelou a persistência e a tenacidade, tão características de um vimaranense, sobretudo quando as coisas não correm de feição, como aconteceu durante (por) demasiado tempo, com os problemas à volta da Fundação Cidade de Guimarães. Francisca Abreu, “alma mater” da CEC 2012, como a ela se referiu o presidente da Câmara dessa mesma altura, contribuiu para que este(o) projeto regressasse a um trilho e congregasse à sua volta a quase unanimidade dos vimaranenses. Reconhecimento lhe seja feito aqui, como já o foi em 2019, com a atribuição pelo município da Medalha de Mérito Cultural Municipal em Ouro e, já neste ano, com a atribuição do seu nome ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor.

Como dizia Francisca Abreu, com a CEC2012 “ninguém foi posto de lado”. Fazendo jus à frase, o destaque desta primeira edição de 2022 do JdG em Revista retrata isso mesmo, dando voz a alguns que a viveram.

Apesar de se ter vivido um período de experiências culturais extraordinário, passados dez anos, existirá um sentimento amargo.

A CEC 2012 trouxe a promessa da “reestruturação do tecido económico e produtivo da região", mas ainda há caminho a percorrer. O atual vereador da cultura, Paulo Lopes da Silva, aponta alguns exemplos alcançados no cinema, no teatro e na música, sem esquecer os projetos potenciados pelo IMPACTA.

Por outro lado, não podemos esquecer a transformação da cidade, que passou pelo Toural, Casa da Memória e Plataforma das Artes e da Criatividade, entre outras intervenções.

 

Os dados provisórios dos censos de 2021 continuam a mostrar dados preocupantes para Guimarães. Verifica-se um duplo envelhecimento da população, pela base e pelo topo. Esses dados evidenciam, por um lado, uma diminuição de jovens no concelho, que explica a quebra de população nos últimos 10 anos, por outro, um em cada cinco vimaranenses tem mais de 65 anos.

 

Esta edição conta ainda com o arranque do centenário do Vitória Sport Clube, entre outros temas, e, naturalmente, com os nossos habituais cronistas.

Um excelente 2022 e boas leituras.

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