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Melhor será impossível

Alfredo Oliveira
Opinião \ quarta-feira, junho 16, 2021
© Direitos reservados
Sem dúvida, falamos de uma pessoa que representava o que o futebol tem de melhor: alegria, festa e respeito pelos adversários. Algo raro nos dias de hoje e, por isso, era especial.

O jogo foi um daqueles que não se podia perder. O nosso Vitória contra o nosso vizinho Braga. Em casa alheia, já no novo estádio inaugurado para o Euro 2004, lá para os lados da Pedreira. Depois de ter assistido a vários jogos em Braga ao longo de vários anos, nunca tinha sentido qualquer tipo de receio e nunca tive problemas em assistir a esses jogos juntamente com amigos bracarenses.

Nesse, já se foi sentindo uma certa hostilidade, que se foi acentuando nos anos seguintes, tanto em Braga como em Guimarães.

As equipas já estavam no relvado e os respetivos bancos estavam a ser ocupados pelos suplentes e respetivas equipas técnicas.

Localizado atrás do banco do Vitória, com alguns braguistas à volta, ouve-se uma voz a chamar por alguém. No início, não se percebeu esse apelo, mas o jovem não desistiu e foi insistindo.

Um dos elementos do banco levanta-se, vira-se e com aquele sorriso que todos conhecem, lá foi dizendo e cito naturalmente de memória, “Queres um autógrafo? Olha que eu sou do Vitória!”, dando uma gargalhada, que todos também conhecem. O jovem equipado com a camisola do Braga estendeu o papel e, depois, estendeu os braços, aos quais teve a devida correspondência. Os autógrafos ainda foram distribuídos por mais uns quantos. Sorridente, voltou ao seu local no banco do Vitória, sendo aplaudido pelos que estavam mais próximos.

Sem dúvida, falamos de uma pessoa que representava o que o futebol tem de melhor: alegria, festa e respeito pelos adversários. Algo raro nos dias de hoje e, por isso, era especial.

Neno, melhor será impossível!

 


Passaram 130 anos desde a abertura do Liceu através da publicação da Carta Régia de 1891, dirigida ao Arcebispo Primaz de Braga, a 8 de janeiro, que assinala a constituição do Pequeno Seminário de Nossa Senhora da Oliveira.

Vinte e sete anos depois de ter sido criada, em 1864, a Escola Industrial de Guimarães, outro pilar da sociedade vimaranense.

Foi, talvez, a competição entre as duas que as levou a potenciar o que de melhor podiam dar à sociedade, um ensino de qualidade e de referência.

Milhares de jovens calcorrearam os corredores e salas do Liceu. Muitos deles viram esse espaço como um patamar fundamental na afirmação das suas vidas. Esperemos que assim continue.

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