Domingos Bragança, um homem e político de proximidade
“Do ponto de vista pessoal, ambiciono ser um cidadão comum após deixar a função de presidente da Câmara”.
Começamos este espaço como termina a entrevista ao atual presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança.
Se existe algo que possa identificar Domingos Bragança é essa proximidade ao cidadão comum, que o próprio foi gerindo ao longo do seu percurso profissional e político.Quando presente, o diálogo sai de uma forma espontânea, franca e sem subterfúgios.
Domingos Bragança chegou ao executivo municipal em 1993 para trabalhar como vereador a tempo parcial, nas áreas das finanças e dos fundos comunitários. Assim se manteve até 2005, quando se tornou o número dois do poder socialista em Guimarães, com António Magalhães a presidente, durante os oito anos seguintes.
Em 2013, vence a suas primeiras eleições autárquicas assente, como o próprio costuma dizer, no “trabalho” e na “humildade”.
Vencendo as eleições seguintes, Domingos Bragança abandonará a Câmara pelo cumprimento do limite de mandatos, em 2025.
Poderá não conseguir, ao longo dos seus anos na liderança do executivo, concretizar algo da visibilidade do “Património da Humanidade”, mas, como o próprio afirma na entrevista agora publicada, existem outras intervenções que vão deixar marca, perdurar no tempo e que ultrapassaram problemas que se vinham arrastando, caso do parque de Camões, da EB 2,3 de Caldas das Taipas ou do teatro Jordão, entre outros.
No tempo que resta do atual mandato pretende ainda concretizar algumas intervenções, com prioridade nas áreas da mobilidade, da habitação, da indústria, tendo como pano de fundo as alterações no Plano Diretor Municipal (PDM).
Quando se direcionou a entrevista para as questões políticas mais recentes, Domingos Bragança posicionou-se já mais como o tal “cidadão comum” acima referido e que pretende retirar-se da vida política em 2025. Prefere não se imiscuir em grandes comentários e não alimentar a discussão política interna no PS.
No entanto, é nesta área que muito se poderá definir em termos de futuro, tanto no interior do PS, como no poder autárquico em Guimarães. Não vamos afirmar que as eleições para a concelhia do Partido Socialista definem o próximo presidente da Câmara de Guimarães, pois todos sabemos que o poder não é eterno e que os socialistas, mais tarde ou mais cedo, podem perder essas eleições.
Em final de ano, é o momento para agradecer aos nossos leitores, colaboradores e todos os que tornam possível este projeto.
Boas leituras, um Feliz Natal e um excelente 2023!