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Eleições no período quaresmal

Alfredo Oliveira
Opinião \ quinta-feira, março 14, 2024
© Direitos reservados
O Partido Socialista (em maior grau) e o Partido Social Democrata deveriam colocar a questão: “Como é que deixamos chegar o país a esta situação?”

As reações aos resultados eleitorais do dia 10 de março mostram que se continua a aligeirar responsabilidades. O Partido Socialista (em maior grau) e o Partido Social Democrata deveriam colocar a questão: “Como é que deixamos chegar o país a esta situação?”. Em cinquenta anos de governação, foram estes os dois partidos que estiveram no poder. Não se podem desresponsabilizar e insistir que a culpa é sempre do governo do partido oponente. Para o bem e para o mal, são os principais responsáveis pela evolução e situação socioeconómica com que nos deparamos.

Já fomos “atropelados” pelo Chega em duas eleições. Muitas pessoas assistem incrédulas a este crescimento e vão dizendo, desvalorizando, que é um “novo PRD” que acabará por implodir. Mas todos devem ter presentes o ditado “Não há duas sem três”.

É uma voz mais de protesto do que de novas políticas. Esperemos que seja devidamente interpretada pelos dois principais partidos, sem esquecer os restantes com assento parlamentar.

A “geringonça” abriu uma caixa de Pandora e vai levar algum tempo até os partidos encontrarem soluções governativas estáveis dentro de uma certa instabilidade.

O resultado também penalizou fortemente o PS a nível do distrito de Braga. Perder um deputado seria expectável, dois já seria um mau resultado, perder três deputados para o Chega dá que pensar. Podemos afirmar que não será uma troca direta de votos, mas haverá poucas dúvidas de que há eleitores do PS e da CDU a votar no Chega – basta ver o que se passou no Alentejo.

Os resultados em Guimarães evidenciam o peso do símbolo do PS no concelho. O PSD terá um trabalho muito duro para conseguir vencer as eleições autárquicas de 2025. Também mostra que só um candidato socialista muito carismático poderá almejar obter nova maioria absoluta. Sem alianças, poderemos ter uma votação muito diversificada.

 

Eleições à parte, o destaque desta edição vai para o período quaresmal e da Semana Santa que se vive na cidade e em algumas freguesias de Guimarães.

A cidade tem vindo a manter e a potenciar algumas tradições seculares, caso da Visita Pascal, da Procissão dos Santos Passos, da Procissão do Enterro do Senhor, entre outras; bem como, promover outras complementares, numa vertente mais cultural, como é o caso da iniciativa “Da Quaresma à Páscoa”, onde se inclui o Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães.

Conheça as pessoas que se envolvem e um pouco da história das iniciativas desta quadra pascal.

 

Boas leituras!

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