skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
30 abril 2024
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Nova época, os mesmos vícios…

José Fidalgo Martins
Opinião \ sexta-feira, setembro 29, 2023
© Direitos reservados
É justo lembrar competições, equipas e atletas portugueses que a um nível altamente exigente têm tido performances excecionais, completamente desproporcionais à visibilidade (pouquíssima) que têm.

Está lançada a temporada desportiva para as modalidades desportivas que se disputam de “verão a verão”, i.e., entre agosto de um ano e junho do ano seguinte. Isto significa que há aproximadamente um mês o adepto tradicional se delicia com as polémicas típicas do futebol, em particular na sua vertente masculina. Na vertente feminina, o futebol jogado sobre a relva teve os seus “15 minutos de fama” no Campeonato do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, mas entretanto ficou esquecido e só voltará para os escaparates mediáticos após nova operação de marketing à escala nacional. Veremos se com ou sem intervenção presidencial…

Ao mesmo tempo, pelo meio das discussões de arbitragens e VAR’s, entre treinadores que ficam e outros que vão, o desporto que também conta (ou devia contar) vai dando um ar da sua graça.

É justo lembrar competições, equipas e atletas portugueses que a um nível altamente exigente têm tido performances excecionais e que são completamente desproporcionais à visibilidade (pouquíssima) que têm.

Falamos de um Iuri Leitão, campeão do mundo de ciclismo de pista, um dos maiores feitos de sempre do desporto nacional, de Diogo Ribeiro, medalha de prata, nos 50 metros mariposa, ou de Angélica André, quarta classificada nos cinco quilómetros de águas abertas, nos mundiais de natação. Como é lógico, convém lembrar o super-campeão Fernando Pimenta, que, na canoagem, conquistou mais uma medalha de ouro, agora em K1 1000 metros, ou João Ribeiro e Messias Baptista, campeões do mundo em K2 500 metros.

A nível coletivo, em tempos veraneantes, realçar ainda a presença da seleção portuguesa no Campeonato da Europa de voleibol ou a histórica participação no Campeonato do Mundo de Râguebi. À data desta escrita, Portugal, também já tinha conquistado 55 medalhas nos Campeonatos europeus para atletas com Síndrome de Down (atletismo, basquetebol, futsal, judo, natação e ténis de mesa) e João Almeida seguia a bom ritmo na La Vuelta.

Apesar de todo o brilhantismo de atletas e equipas portuguesas das mais diversas modalidades, mesmo com parcos recursos ao seu dispor, o espaço público está quase sempre centrado numa modalidade e principalmente em toda a discussão fútil e estéril em torno dela.

É a nossa cultura desportiva, é o nosso vício.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: