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O “berço” de uma nação passa pelas suas crianças

Alfredo Oliveira
Opinião \ quinta-feira, junho 15, 2023
© Direitos reservados
Não se pode ignorar ainda o facto de vivermos num território sujeito a crises cíclicas, associadas à indústria têxtil, ao desemprego e à emigração, “fatores que podem afetar o bem-estar das crianças”,

O mês de junho é marcante para o território vimaranense e para a sua população. O nosso feriado municipal foi consignado à data do 24 de junho, dia que a história nos remete para a Batalha de S. Mamede, em 1128, e que nos permite hoje apresentar como o “Dia Um de Portugal”.

Guimarães deve continuar a apostar no reforço dessa data através de momentos mais reflexivos, como, por exemplo, as “Jornadas Históricas” e, mesmo, em iniciativas mais de lazer ou turísticas, como é o caso da “Feira Afonsina”.

Sendo o “Berço da Nação” é importante que Guimarães se afirme como o berço da reflexão histórica.

 

Nesta edição de junho, o destaque vai para uma reportagem sobre o “berço” de uma sociedade, as suas crianças.

Na ressaca de dois anos complicados devido à pandemia, fomos ao terreno ver o que se está a fazer para atenuar os problemas causados por esse isolamento social junto das crianças, sem esquecer os novos desafios que as novas tecnologias trazem ao espaço escolar.

Como estão no terreno algumas entidades, caso do ProChild CoLAB, que atua em cinco escolas do 1.º Ciclo – São Cristóvão de Selho, São Martinho de Candoso, Barreiro (Pevidém), Gondar e Eirinha (Serzedelo), como atua a Fraternas através do projeto Porta7, ou como a Câmara Municipal de Guimarães se articula com a Universidade do Minho na implementação do projeto CoAction Against Covid-19, são exemplos do que as crianças podem encontrar para atenuar alguns dos problemas depressivos, caso do défice de atenção, ansiedade de desempenho e de performance causados pela Covid19 e diagnosticados pelo Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães.

Não se pode ignorar ainda o facto de vivermos num território sujeito a crises cíclicas, muito associadas à indústria têxtil, ao desemprego e à emigração, “fatores que podem afetar o bem-estar das crianças”, como é referido na reportagem. Sem esquecer ainda a diversidade multicultural, pois nas nossas escolas temos jovens alunos colombianos, mexicanos, vietnamitas, sírios, russos, ucranianos e brasileiros que partilham os mesmos espaços.

Os docentes também apresentam a sua perspetiva desta nova realidade. A viragem de um tempo de um “aluno obediente” com poucas alternativas fora da escola, para um tempo de um aluno com “um espírito mais crítico” e com “muitas coisas apelativas fora do recinto da escola”, levou ao fim do “professor chapa cinco”.

A sociedade tem de apostar neste tipo de iniciativas que visam a promoção dos direitos das crianças – “o direito ao território, o direito a brincar, o direito a uma vida saudável” – eixo fundamental da atuação social do ProChild.

Boas leituras!

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