Se tens a escola da vida vem para a Universidade!
Esse é o slogan da Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) que junta mais de 300 Academias e Universidades Seniores, envolvendo cerca de 45.000 alunos e 5.000 professores voluntários no programa de “educação de adultos com mais sucesso no mundo inteiro”.
Portugal tem cerca de 23% da sua população com 65 e mais anos, sendo 14% deste valor ocupado com pessoas de 85 e mais anos. Em cada quatro pessoas há uma que vive completamente sozinha, existindo neste caso mais mulheres do que homens.
Curiosamente, onde fomos recolher estes dados, o Pordata, diz-nos que os homens estão mais satisfeitos com a vida do que as mulheres.
Guimarães tem uma situação demográfica mais jovem ou menos idosa do que a média nacional. No entanto, o problema de fundo é comum: como manter as pessoas idosas mentalmente ativas e socialmente envolvidas?
Estudos mostram que a participação em atividades educacionais e sociais pode ajudar a prevenir problemas de saúde mental e melhorar a qualidade de vida em geral. Uma das formas de promover uma vida ativa e envolver na sociedade essas pessoas passa, sem dúvida, pela frequência da Universidade Sénior.
Este é o tema de destaque da edição de abril do Jornal de Guimarães em Revista. Em Guimarães, existem cinco instituições do género e inscritas na RUTIS, sendo a UNAGUI a mais conhecida e a que tem tido mais alunos inscritos.
Este tipo de apoio aos menos jovens será uma gota no oceano, pois existem mais de 21 mil pessoas em Guimarães com 65 e mais anos e a frequência nos cursos que estas universidades oferecem ronda os 250 inscritos.
Não podemos esquecer que a pandemia deu um rude golpe nestas instituições. Se as pessoas ficaram fechadas em casa, naturalmente que os mais idosos tiveram ainda mais receios de entrar numa vida pública e social mais ativa.
É do estado em que se encontram as universidades seniores e sua evolução que damos conta nesta edição. É o retrato das histórias e das vivências que os utentes nos revelam, dos professores que orientam essas aulas, bem como dos líderes das instituições que o leitor poderá encontrar no destaque desta edição.
Nesta edição, não podemos deixar de destacar o “Conversas” com Barroso da Fonte, personalidade marcante na vida jornalística de Guimarães. Cruzámo-nos, há cerca de trinta anos atrás, na apresentação de um outro projeto jornalístico (no caso, o jornal Reflexo) e também no Gabinete de Imprensa de Guimarães. A entrevista pode ser ouvida e vista, na sua versão integral, na nossa página e nas diferentes plataformas digitais do JdG.
Umas boas leituras!