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FIGG de 2021 acaba como começou: com os timbres da vizinha Espanha

Tiago Mendes Dias
Cultura \ quarta-feira, dezembro 22, 2021
© Direitos reservados
O virtuosismo de Anabel Montesinos e o flamenco com um toque experimental de Raul Cantizano destacam-se no encerramento da sétima edição do festival, que inclui ainda artistas Eurostrings.

Tal como na abertura, com a cortesia de Margarita Escarpa, a sétima edição do Festival Internacional de Guitarra de Guimarães (FIGG) dá palco aos sons criados e nutridos no país vizinho, com os concertos de Anabel Montesinos, nesta quarta-feira, e de Raul Cantizano, na segunda-feira.

Os lugares escolhidos para as performances assumem-se quase como extensões das propostas artísticas de cada um dos nomes. A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, no coração do centro histórico classificado como Património Mundial da UNESCO, acolhe, a partir das 21h30, uma guitarrista que, segundo a crítica especializada, se tem distinguido pelo “virtuosismo, beleza e frescura” das suas interpretações de obras clássicas.

O alinhamento para logo da mais jovem vencedora do Certamen Internacional Francisco Tárrega, em Benicasim (Espanha), no ano de 2001, quando tinha 17 anos, vai mesmo nesse sentido; o reportório inclui obras de Johann Sebastian Bach, de Niccolò Paganini e de Astor Piazzola, transpostas para a guitarra, com o seu dedilhar.

“É uma guitarrista jovem muito forte, com muitas cores. Tem uma riqueza tímbrica muito forte. Também já foi embaixadora desde festival, tendo participado em muitos projetos EuroStrings”, adianta o diretor artístico do FIGG, Nuno Cachada. Integrado no festival, o concerto integra também a programação da Guimarães, Cidade Natal, sendo financiado pela Câmara Municipal de Guimarães.

 

 

Já Raul Cantizano atua no Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor, um dos espaços do moderno equipamento cultural inaugurado em 2005, também a partir das 21h30. E a sua relação com a guitarra é a de procura de novas fronteiras para o flamenco, patente em Guitar Surprise: mito y geología del Canti, álbum de 2017 com 18 temas que deambulam pelo flamenco, pela experimentação, pela música ambiente, pelo africanismo, pelo universo das bandas sonoras e pelo rock.

“É um registo alternativo e moderno. É uma espécie de flamenco com pedaleiras. Enquanto o Raul atua, vai haver projeção de vídeo em tempo real”, diz Nuno Cachada sobre o espetáculo integrado no Mostra Espanha 2021, um programa de espetáculos em Portugal financiado pelo Ministério da Cultura e Desporto de Espanha.

 

Concertos Eurostrings e anúncio dos vencedores do concurso internacional pelo meio

O encerramento do FIGG congrega ainda as performances dos vencedores de concursos internacionais dos festivais Eurostrings, previamente marcados para outubro. O português Francisco Luís abre a semana, com uma atuação às 18h30 de segunda-feira, por via online, tal como nos restantes momentos que se seguem; Álvaro Miranda, da Costa Rica, atua a 28, às 19h00, o francês François-Xavier Dangremont toca a 29, também a partir das 19h00, seguindo-se Kevin Loh (Singapura), às 19h00 de 30 de dezembro, e o croata Lovro Peretic, às 19h00 do último dia de 2021. A chinesa Cheng Shi, previamente incluída na lista de concertos, estará apenas nas masterclasses para guitarristas.

Quanto ao Concurso Internacional de Guitarra “Cidade de Guimarães”, são conhecidos nesta quarta-feira, após o concerto de Anabel Montesinos, os finalistas. A categoria sénior, a principal, inclui guitarristas oriundos de Portugal, Canadá, Brasil, Itália, Roménia e Dinamarca.

Membro da Eurostrings, iniciativa criada em 2017 com o apoio do programa Europa Criativa, da União Europeia, o FIGG é organizado pela Sociedade Musical de Guimarães, tendo o apoio da Câmara Municipal.

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