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No programa desta semana, o painel do “Guimarães em debate” analisou dois dos temas discutidos na última reunião da Câmara Municipal, designadamente sobre o período de antes da ordem do dia.

PDM, Capital Verde Europeia e a escultura de D. Afonso Henriques

O PDM, a candidatura a Capital Verde Europeia – à boleia da Praia Seca – e a nova escultura de D. Afonso Henriques foram os temas abordados na edição #64 do Guimarães em Debate.

Sessões a 10 e 24 de maio na Black Box do Centro Internacional das Artes da José de Guimarães

Estudo conjunto realizado por três entidades analisou 308 websites municipais. Guimarães destaca-se no primeiro lugar.

Irmandade diz-se "impedida de travar a degradação de património da Penha e de requalificar e melhorar a Estância Turística", lamentando a alteração do PDM em 2015.

Ana Cotter diz que a mobilidade “está a ser muito trabalhada”. Perspetiva o alargamento, com possível canal dedicado de transporte público, nas Estradas Nacionais 101, 105 e 206.

Uma das novidades do Hotel da Penha será a piscina exterior num espaço social voltado para a cidade. Pretende ter classificação quatro estrelas, sendo que apenas será mantida a fachada.

Oposição "preocupada" com a demora de um documento "importante" em várias áreas. "Guimarães não está refém desta revisão", assegura o executivo.

A perda de população terá sido residual e não há evidências de que tenha sido motivada por falta de alojamentos, mas não desistem da insensatez de permitir a ocupação de solo com novas construções.

A propósito da revisão em curso do PDM, foi realizada uma sessão de propaganda (dita de esclarecimento) que me deixou deveras irritado com a desfaçatez com que os responsáveis ilustraram o processo.

O órgão deliberativo municipal aprovou o pedido de interesse municipal que altera o estatuto de reserva agrícola de um terreno para viabilizar uma nova unidade industrial do grupo de calçado AMF.

No discurso após a tomada de posse, o presidente da Câmara disse querer materializar as iniciativas no horizonte, da habitação à mobilidade, passando pela educação, pela cultura e pela ciência.

Oposição aponta estes três vetores para nortear a revisão em curso ao PDM. Domingos Bragança concorda, acrescenta a sustentabilidade ambiental e quer que o processo fique pronto até ao final do ano.

Na reunião de câmara realizada no Avepark, a coligação Juntos por Guimarães diz que há pouca oferta na zona das Taipas. Bragança diz que haverá condições financeiras para a residência universitária.

Prefere não se imiscuir em grandes comentários e não alimentar a discussão política interna no PS.

Presidente da Câmara acompanhado por Sofia Ferreira, vereadora das obras municipais, visitou duas obras que decorrem na vila de Serzedelo.

Presidente da Associação Vimaranense para a Ecologia, Paulo Gomes, espera que o tema da nona edição da mostra de cinema documental contribua para modos mais equilibrados de vida nas cidades.

Este prolongamento, não sendo no futebol, não vai ficar registado na história nem será lembrado em conversas de café, mas podem crer que ficará bem marcado no território.

É por demais evidente que não temos em Guimarães políticos com sensibilidade ambiental e que, nas questões de ordenamento do território, “se um diz mata, o outro diz esfola”.

Há dois grandes desafios ambientais: a mobilidade e o ordenamento do território. E um terceiro, por ser transversal e um fator critico de sucesso aos dois primeiros: a participação da sociedade civil.

Entre as primeiras propostas públicas da coligação Juntos por Guimarães, contam-se um regulamento para a habitação a “custo justo” e a aquisição dos imóveis do IHRU.

Reunião de vereação discutiu o desenvolvimento económico de Guimarães. Oposição fala em poucas condições para acolher grandes empresas, Bragança acena com revisão do PDM.

Critérios mais restritos para admissão de alojamentos locais e benefícios no arrendamento a famílias podem ser duas medidas para travar tendência de despovoamento no Centro Histórico.

Com a mudança da lei, que extingue o solo urbanizável, “especulativo”, o PDM prevê apenas solo rústico e solo urbano, cuja classificação exige edificação ou pelo menos infraestruturas de proximidade.

O que vi acontecer em Guimarães em 2022 e se perspetiva para o ano que agora começa é a persistência nos velhos paradigmas e modelos do costume, potenciados pela ignorância ambiental.

Depois de Ricardo Araújo lamentar declaração do secretário de Estado sobre ligação ferroviária Guimarães-Braga, Bragança disse que o município já está a preparar espaço canal no PDM para o LRT.

Em causa está um contrato de 2005, no qual uma sociedade de empreendimentos cedeu terrenos à autarquia para ampliação do cemitério, mas viu-lhes negadas as contrapartidas, explica acórdão do Supremo.

Contrariando as orientações do PNPOT, a “expansão” tem sido a palavra mais marcante do discurso do Presidente da Câmara em relação a esta revisão do PDM.

“Temos de a salvar”, apelou o juiz da Irmandade na visita do ministro da Administração Interna, no centenário da Penha como estância turística. Estatuto rural compromete desenvolvimento, alega.

É um enorme gesto de coragem a publicação de uma revista como a que o leitor percorre, em particular, quando existe a tendência de substituir o papel pelo digital, leituras rápidas e pouco profundas.

Em jeito de mote para este artigo quero lançar um desafio: será que conseguem imaginar como será Guimarães em 2050? Não sei para onde vai Guimarães, mas sei que não é este o caminho!

Autarquia espera “disponibilizar mais solo para edificar sem consumir mais solo rústico”. Fracionamento de edifícios ou aumento de cércea (altura) são estratégias possíveis para aumentar oferta.

Convencido de que aquela vila a oeste de Guimarães, junto a um dos nós da A7, autarca crê que obra no centro vai dar nova imagem a Serzedelo e espera ver antiga Calvarex como centro para associações.

Eleito nas Autárquicas de 2021, o presidente da Junta, António Vilela, realça que o estrangulamento da Nacional 101 é algo a ser resolvido de forma “estrutural”, a pensar na sua centralidade.

A freguesia transformou-se radicalmente nos últimos 50 anos, com a chegada da autoestrada e de grandes superfícies comerciais. As estradas recém-inauguradas vincam esse modelo de desenvolvimento.

Embora opacas, as pedras da igreja românica de Matamá, solidamente amarradas umas nas outras, espelham uma comunidade que se une para uma festa… ou para erguer um centro paroquial.

O Selho e o Couros entrelaçam-se num cenário raro entre Douro e Minho. "Ouro sobre azul" para a agricultura, a Veiga de Creixomil também se abre à comunidade, em projetos como o do corredor verde.

Dois dos principais rostos da candidatura vimaranense abordam, poucos dias depois de conhecido o resultado que coroou Vilnius como Capital Verde Europeia 2025, todo esse processo.